A agência americana responsavel pelos serviços de previsão do tempo (NOAA) mantém um conjunto de satélites artificiais geoestacionários (GEOS). Estes satélites monitoram contínuamente a temperatura da superfície terrestre, as nuvens e o vapor d'água presentes na atmosfera.
Este serviço de monitoramento por satélite ilustra o uso das ondas eletromagnéticas na previsão do tempo. Os satélites do GEOS têm sensores que captam as ondas eletromagnéticas do sol refletidas pela atmosfera e pela superfície do planeta na faixa de comprimento de onda da luz visível e do infravermelho ( radiação térmica ).
Este serviço possibilitou o acompanhamento da erupção do vulcão Puyehue, localizado na parte sul do Chile, ocorrido no mês de junho de 2011. A erupção que espalhou cinzas pela Argentina, Chile, Uruguai, atingiu também o sul do Brasil. Repare na figura abaixo, ela mostra localização do vulcão.
O vídeo abaixo, disponibilizado pela NOAA, é uma montagem de 445 imagens do GOES e mostra a evolução da disperção das cinzas por duas semanas. Observe o comportamento das cinzas quando levadas pelos ventos vindos do sul. Observe como elas são desviadas pela cordilheira dos Andes.
Um aspecto interessante numa erupção vulcânica é a imensa eletricidade estática acumulada pela interação das partículas que compõem as cinzas entre si e com a água presente na atmosfera. Este acúmulo de carga elétrica dá origem aos raios mostrados na foto abaixo.
Vulcão Pueyhue - Chile |
O acúmulo de carga elétrica na nuvem não é uniforme. Isto gera uma diferença de potencial elétrico entre os vários pontos da nuvem e entre a nuvem e a superfície. Quando essa diferença de potencial é grande o suficiente da-se a descarga elétrica, isto é, o raio.
Para ver a série completa de fotos visite o blog "La mesa de Luz" seguindo o link.
Agradecimentos pela informação sobre a fotos: Prof Beth Romito,CEPAR, Niterói.
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