segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Site interessante - A Biblioteca Digital Mundial.

Sob o patrocínio da UNESCO, orgão das Nações Unidas, a Biblioteca Nacional no Brasil, a Biblioteca Alejandrina no Egipto e a Universidade Rei Abdulá na Arabia Saudita, uniram-se para um projeto de digitalização de acervo baseado num projeto semelhante realizado pela Biblioteca do Congresso americano.

A Biblioteca Digital Mundial (BDM), que você pode conhecer clicando aqui, oferece agora ao público os primeiros resultados desse trabalho.

Nesta primeira fase foram digitalizados 1.200 documentos entre mapas, textos, ilustrações,  fotos e filmes. O objetivo final é reunir e disponibilizar pela internet os itens mais significativos de todas as bibliotecas do planeta. Todos os documentos são exibidos no seu idioma original mas as informações sobre eles são fornecidas em espanhol, russo, inglês, árabe, chinês, francês e português.

B. Gutemberg
A Biblioteca dispõe dos mapas desenhados por Diego Gutiérrez para o rei da Espanha em 1562, o Hyakumanto darani, um documento japonês publicado em 764 e considerado o primeiro texto impresso da história.

Da nossa Biblioteca Nacional temos as primeiras fotos feitas na América Latina e a Bíblia de Gutemberg que você acessa clicando aqui. Você pode folhear as páginas do livro, dar um zoom no texto ou, se desejar, ler em PDF.

Temos ainda a Declaração de independência dos Estados Unidos ( texto original), o diário de bordo da Viagem de Fernão de Magalhães e os originais das "Fábulas"  de Lafontaine.

A navegação é fácil. As buscas podem ser feitas por época, zonas geográficas, tipo de documento ou instituição.

Pedindo perdão pelo bairrismo e como um último exemplo do acervo, observe abaixo um detalhe do mapa da cidade do Rio de Janeiro, criado em 1796 por Rangel de Bulhões Ele mostra as fortificações colocadas à entrada da Baía da Guanabara.


Entrada da Baía da Guanabara, 1796.

Na parte inferior esquerda temos o morro da Urca e o morro do Pão de Açúcar e as Fortaleza de São João. Na parte direita do mapa, atual cidade de Niterói, temos  a Fortaleza de Santa Cruz. No meio do canal de entrada da baia e no alto do mapa temos a Fortaleza da Lage

Num país como o meu, o Brasil, onde não se dá a devida importância à memória cultural, é com prazer que observo que todas elas ainda estão lá, em ótimas condições e podem ser visitadas.

Isto é um convite!

A Biblioteca Digital Mundial pode ser acessada pelo endereço www.wdl.org. O acesso é gratuito e não há necessidade de registro.

Portanto, aproveite!  Divulgue!



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aula - A Resistência Elétrica.

G. S. Ohm
Podemos entender a Resistência Elétrica como a grandeza física que mede a oposição que um condutor oferece à passagem através dele de uma corrente elétrica.

Esta oposição tem como consequência a transferência de energia na forma de calor para o condutor ( Efeito Joule ). Isto se manifesta no circuito elétrico como uma queda do potencial elétrico.

A Resistência Elétrica varia com a temperatura do condutor. De uma maneira geral ela cresce com o aumento da temperatura.

Para certos condutores a Resistência Elétrica permanece constante apesar da variação da temperatura. Estes condutores obedecem à Lei de Ohm e, por isto, são chamados Condutores Ohmicos.

                 A Resistividade

 Resistência Elétrica
A variação da Resistência Elétrica com a temperatura decorre da variação de uma grandeza física chamada Resistividade

A Resistividade é uma caracteríctica do material de que é feito o condutor. Ela, portanto, varia de um material para outro, e, para um mesmo material, varia com a temperatura. 

As relações entre voltagem, corrente elétrica e resistência elétrica num circuito elétrico foram estabelecidas por George S. Ohm, um professor alemão, em 1827.





segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Exemplo - A Expansão do Universo.

Cruzeiro do Sul (Crux)
Em 1929, o astrônomo americano Edwin Hubble observou que todas as galáxias mais distantes estão se afastando de nós.

O normal seria que entre as galáxias algumas se afastassem, que outras se aproximassem. Mas todas elas se afastando de nós... Tem mato nesse cachorro, como diria meu pai.

A conclusão a que Hubble chegou foi a de que o próprio espaço está em expansão. A mesma idéia estava nos trabalhos do padre belga George Lemaítre.

Isto significa que a distância entre a sua casa e a padaria da esquina está aumentando a cada dia. Esquisito,não?

Esquisito ou não, a verdade é que hoje esta teoria está bem estabelecida. Para medir as velocidades de afastamento das galáxias Hubble usou o chamado efeito Doppler.

Todos que assistem a uma corrida de fórmula 1 percebem que os carros de corrida fazem barulhos diferentes se estão se aproximando ou afastando do microfone. O som é mais agudo quando eles estão se aproximando e mais grave quando se afastam do microfone. Este é o efeito Doppler.

O mesmo acontece com a luz. Hubble comparou a luz de diversas galáxias com uma luz padrão aqui na Terra e verificou que todas as galáxias mais distantes apresentam uma luz mais avermelhada que o normal, indicando que elas estão se afastando da Terra.

G. Lemaítre
Os astrônomos australianos montaram o Catálogo 6dF Galaxy Survey. Ele  possui o registro do Desvio para o vermelho (Redshift) de 120.000 galáxias observáveis do nosso hemisfério sul. Os dados são do Anglo-Australian Observatory, Australia, e foram obtidos no período entre os anos de 2001 e 2005.

O objetivo é traçar uma imagem do universo local, mapeando o céu visto do hemisfério sul.

Ao observamos uma fonte luminosa que se desloca em relação a nós, notamos que a sua luz nos parece diferente quando ela se afasta ou quando se aproxima. A luz sofre um desvio para o vermelho (redshift) nas frequências do seu espectro eletromagnético  quando  a fonte está se afastando de nós. Quando mais forte o desvio, isto é, quanto mais avermelhada se torna a luz, maior  é a velocidade de afastamento.

Se a fonte, ao contrário, se aproxima, a luz sofre um deslocamento para o azul. Este efeito no espectro da luz quando a fonte e o observador estão em movimento relativo é conhecido como efeito Doppler. Se desejar, conheça mais sobre o efeito Doppler clicando  aqui . Clique  aqui para mais informações sobre o espectro eletromagnético.

O vídeo apresentado a seguir mostra uma animação desses dados. A animação condensa em alguns minutos um período de bilhões de anos para o futuro e pode, assim, mostrar o movimento de afastamento das galáxias.

A animação foi criada por Paul Bourke na University of Western Australia e no Space Telescope Science Institute, NASA, Hubble Deep Field . A música é de Peter Morse e Glenn Rogers.

Cada objeto do vídeo representa uma das galáxias que podemos observar ao nosso redor. Todas elas estão se afastando uma das outras em alta velocidade. Apenas as galáxias mais próximas da nossa Via Láctea, como Andrômeda e as Nuvens de Magalhães, que fazem parte do nosso grupo local de galáxias, estão em movimento de aproximação.



6df Galaxy Survey: Beyond the Crux (2006) from Peter Morse on Vimeo.




Imagem Crux: fobosastronomia.blogspot.com

Imagem Lemaítre: www.gazetadopovo.com.br


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Exemplo - Cobertura de gelo no Ártico.

O Centro de Visualização Científica, do Goddard Space Flight Center, uma laboratório da NASA, produziu esta interessante animação da evolução sazonal da cobertura de gelo sobre o ártico e as terras ao seu redor.

Os dados cobrem a evolução no período de 04 de Setembro de 2009 a 30 de Janeiro de 2011. Repare como a cobertura de gelo avança e se retrai sobre o mar de acordo com as estações do ano.

Ela alcança o seu mínimo em extensão durante o verão. Nesta época temos a cobertura de gelo permanente sobre o mar ártico.

Durante o inverno a cobertura avança sobre o mar e, além disto, cobre a parte norte do Continente Americano, da Europa e Ásia.

Devido  ao aquecimento global a cobertura permanente de gelo sobre o mar ártico está cada vez menor. Se o aquecimento continuar nesse ritmo é possível que ela desapareça dentro de alguns anos. O que terá graves consequências para o clima.

Os dados sobre a cobertura de gelo são da plataforma Terra and Aqua / MODIS / Blue Marble Land Cover, da NSF, a Fundação de Ciência Americana.






Para mais informações:Scientific Visuatization Studios
Imagens, créditos: NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Exemplo - O continente Antártico.

O Centro de Visualização Científica, do Goddard Space Flight Center, um dos instituto de pesquisa da NASA, produziu esta interessante animação da evolução sazonal da cobertura de gelo sobre o continente Antártico e o mar ao seu redor.

Os dados cobrem a evolução do tamanho da cobertura de gelo no período de 26 de maio de 2009 a  31 de Julho de 2010. A resolução das imagens é de 240 metros por pixel. Repare como a cobertura de gelo avança e se retrai sobre o mar de acordo com as estções do ano.

Os dados são do "The Landsat Image Mosaic of Antarctica" (LIMA), banco de dados sobre a Antártica da NSF, a Fundação de Ciência americana.

O continente Antártico interessa diretamente ao Brasil e lá mantemos atualmente uma base para estudos científicos,  a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).

A base está localizada na Ilha do Rei George, a 130 km da Península Antártica, baía do almirantado. Veja na figura abaixo a localização aproximada.

A base é administrada pela Marinha Brasileira e nela nossas universidades realizam pesquisas em campos como poluição atmosférica e  biologia marinha.

O continente antártico não passou pelo processo de colonização. Os interesses das nações foram objeto do Tratato da Antártica  firmado em 1959 entre doze países que reclamavam a posse do continente, entre eles o Brasil. O continente se encontra atualmente aberto somente para pesquisa científica.






Para mais informações: Scientific Visuatization Studios
Imagens, créditos: NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Aula - Lei de Ohm.

Georg S. Ohm
A Lei de Ohm, descoberta pelo físico Georg Simon Ohm, estabelece uma relação entre a diferença de potencial elétrico nas extremidades de um condutor e a intensidade da corrente elétrica que passa por ele.

Ela afirma que, mantida a temperatura constante, essas grandezas físicas são proporcionais uma a outra, isto é, a razão entre elas é constante. É importante frisar a expressão "mantida a temperatura constante".

Para certos condutores especiais a razão entre a diferença de potencial e a corrente se mantém constante mesmo com a variação da temperatura do condutor. Esses condutores são chamados: Condutores Ohmicos.

Estude as características da Lei de Ohm na apresentação a seguir.





Para mais informações sobre o físico Georg S. Ohm clique aqui.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Exemplo - Um planeta com dois sóis.

Há mais de vinte anos atrás George Lucas lançou a trilogia "Guerra nas estrelas"

No filme, o planeta natal do herói, Tatooine, orbita dois sóis. Era apenas fantasia de um artista.

Pois bem, a vida imita a arte. Neste ano, 2011, a NASA anuncia a descoberta, pelo Telescópio Espacial Kepler, de um planeta que orbita um sistema binário distante 200 anos luz da Terra.

O planeta, batizado com o nome Kepler-16b, tem o tamanho um pouco menor que o do planeta Júpiter e está situado numa órbita fora da zona habitável, isto é, é muito frio para possuir água líquida em sua superfície. Portanto incapaz de abrigar vida como a conhecemos.

O sistema solar binário  Kepler-16 não é tão incomum. As duas estrelas são menores que o nosso sol e o planeta gira em torno delas com um período similar ao do planeta Vênus, isto é, 229 dias.

Os habitantes deste planeta, se existissem, teriam dias com dois sóis. Em outros dias ocorreriam eclipses. Ora o sol maior oculta o menor, ora se dá o contrário, o sol menor oculta parcialmente o maior.

Para encontrar um sistema solar que possua planetas o Kepler já observou  mais de 150.000 estrelas. Ele procura sempre por pequenas variações periódicas no brilho da estrela em observação.

Observe uma fonte de luz distante. Estique o braço e movimente rapidamente a mão num arco de modo que ela  passe  em frente a seus olhos. Quando isto acontece você notará uma variação no brilho da luz.

O Kepler adota um processo semelhante. Se a fonte de luz é uma estrela e se essa variação de brilho se repete periodicamente então é provável existir um planeta (a sua mão, na analogia) em torno da estrela.

O vídeo abaixo mostra uma animação da evolução do planeta em torno dos dois sóis. Note que a estrela menor, com 20% da massa do sol, gira em torno da estrela maior, com 70% da massa do sol.

Elas obedecem, é claro, as Leis da Gravitação de Newton. O planeta, de massa bem menor, gira em torno das duas estrelas.






Produção do vídeo e mais informações: Jet Propulsion Laboratory, California Institute of Thechnology

Imagem: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Palestra - A comunicação no mundo das bactérias.

 A capacidade de se expressar através da emissão de sons, é uma das carcterísticas que nos define como  humanos.

Todos os outros animais comunicam-se uns com os outros, alguns pela emissão de sons. Todos  ele possuem uma linguagem, embora bastante restrita se comparada a nossa.

Até mesmo os insetos,  como as formigas, se comunicam. Elas usam uma linguagem química. Mas, seria possível uma linguagem entre os seres unicelulares? Terão eles a capacidade de se comunicar e de, através da troca de informações, adotar algum tipo de comportamento comum.

Em 2002, a professora de Biologia molecular da Universidade de Princenton, Dra Bonnie Bassler, descobriu uma molécula, chamada AI-2, usada pelas bactérias para comunicação entre elas. A professora apelidou esta bactéria de "Esperanto das bactérias".

Esta linguagem química permite às bactérias coordenar o seu comportamento dentro de um hospedeiro como nós, por exemplo. Elas coordenam ataques e armam suas defesas. 

Esta descoberta abre novas perspectivas para a medicina no combate às infecções bacterianas e a crescente resistência que as espécies de bactérias patogênicas vêm criando aos nossos antibióticos.

A palestra a seguir foi gravada pela TED.com em 2009 e a tradução é de Denise Bendavid.




Para assistir as demais palestras da TED.com legendadas em português, clique aqui.


Produção: http://www.ted.com/

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