Há mais de vinte anos atrás George Lucas lançou a trilogia "Guerra nas estrelas",
No filme, o planeta natal do herói, Tatooine, orbita dois sóis. Era apenas fantasia de um artista.
Pois bem, a vida imita a arte.
Neste ano, 2011, a NASA anuncia a descoberta, pelo Telescópio Espacial Kepler, de um planeta que orbita um sistema binário distante 200 anos luz da Terra.
O planeta, batizado com o nome Kepler-16b, tem o tamanho um pouco menor que o do planeta Júpiter e está situado numa órbita fora da zona habitável, isto é, é muito frio para possuir água líquida em sua superfície. Portanto incapaz de abrigar vida como a conhecemos.
O sistema solar binário Kepler-16 não é tão incomum. As duas estrelas são menores que o nosso sol e o planeta gira em torno delas com um período similar ao do planeta Vênus, isto é, 229 dias.
Os habitantes deste planeta, se existissem, teriam dias com dois sóis. Em outros dias ocorreriam eclipses. Ora o sol maior oculta o menor, ora se dá o contrário, o sol menor oculta parcialmente o maior.
Para encontrar um sistema solar que possua planetas o Kepler já observou mais de 150.000 estrelas. Ele procura sempre por pequenas variações periódicas no brilho da estrela em observação.
Observe uma fonte de luz distante. Estique o braço e movimente rapidamente a mão num arco de modo que ela passe em frente a seus olhos. Quando isto acontece você notará uma variação no brilho da luz.
O Kepler adota um processo semelhante. Se a fonte de luz é uma estrela e se essa variação de brilho se repete periodicamente então é provável existir um planeta (a sua mão, na analogia) em torno da estrela.
O vídeo abaixo mostra uma animação da evolução do planeta em torno dos dois sóis. Note que a estrela menor, com 20% da massa do sol, gira em torno da estrela maior, com 70% da massa do sol.
Elas obedecem, é claro, as Leis da Gravitação de Newton. O planeta, de massa bem menor, gira em torno das duas estrelas.
Elas obedecem, é claro, as Leis da Gravitação de Newton. O planeta, de massa bem menor, gira em torno das duas estrelas.
Produção do vídeo e mais informações: Jet Propulsion Laboratory, California Institute of Thechnology
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