quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Exemplo - Atividade elétrica na atmosfera.

Potencial Elétrico na atmosfera.
 A atmosfera terrestre está em constante mutação. Ventos e  tempestades, calor e frio, luz e sombra, fazem parte do nosso dia a dia. Porém, bem menos vísivel é a intensa atividade elétrica da atmosfera.

Nosso planeta é um esferóide com uma imensa carga elétrica negativa. Isto, é claro, dá origem a um campo elétrico em torno do planeta. Este campo elétrico, por sua vez, é origem de uma série de fenômenos.

Estes fatos também pode ser entendidos em termos de potencial elétrico. Tomando a superfície terrestre como referência (potencial nulo), à medida que nos afastamos da superfície registram-se diferenças de potencial elétrico cada vez maiores (ver figura acima).

Nas nuvens, o atrito constante entre as gotas de água, grãos de poeira e cristais de gelo, inicia um processo de eletrização. Cargas elétricas são acumuladas em diferentes pontos das nuvens.  Quando a rigidez dielétrica do ar se rompe, elas são trocadas entre pontos de potenciais diferentes nas nuvens e entre as nuvens e a superfície. Formam-se então os raios.

Existe ainda a interação do topo da nossa atmosfera com o vento solar. O fluxo contínuo de íons que vem do sol interage como o campo magnético do planeta e são dirigidos para os pólos.

A interação desses íons com os átomos do topo da atmosfera produz as luzes chamadas de aurora boreal ou aurora austral, conforme o pólo onde ela ocorre. Esta mesma interação quando se dá entre os íons e os  átomos de oxigênio produz a bonita luz verde mostrada no vídeo abaixo.

O vídeo mostrado a seguir é uma edição de imagens obtidas a partir da Estação internacional em órbita da Terra. Foram editadas por Michael König com música de Jan Jelinek.

Rio Nilo, mar vermelho e mediterrâneo.
O vídeo mostra uma atmosfera em constante atividade elétrica. Observe as diversas tempestades com seus raios e trovões. Observa-se a interação das cargas elétricas do vento solar com a atmosfera através das luzes das auroras boreais.

Por último, deve-se observar a imensa quantidade de energia elétrica que a nossa civilização usa para iluninar as cidades. Estamos extinguindo a noite. Afora as regiões polares, algumas outras regiões na África, na China e América do sul, a nossa presença já é notada do espaço.




Identificamos alguns trechos por ordem de aparição:
  1. Passagem noturna sobre os Estados Unidos, Aurora Boreal;
  2. Passagem noturna sobre a costa leste americana , Aurora Boreal;
  3. Passagem sobre a ilha de Madagascar e sudoeste da Austrália, Aurora Austral;
  4. Passagem sobre o sul da Austrália, Aurora Austral;
  5. Passagem sobre a costa oeste americana e sobre a América Central;
  6. Passagem sobre o Oceano Pacífico de sul para norte, Aurora Austral;
  7. Passagem noturna sobre a África Central e Oriente Médio;
  8. Passagem sobre o deserto do Saara;
  9. Passagem noturna sobre Canadá e centro dos Estados Unidos;
  10. Passagem sobre Califórnia até Baía de Hudson;
  11. Passagem noturna sobre o mar das Filipinas;
  12. Passagem  sobre o leste da Ásia até a ilha de Guam;
  13. Passagem sobre o mar Mediterrâneo;
  14. Passagem sobre o Oceano Índico, Aurora Austral;
  15. Passagem noturna sobre o leste da Europa até o sudoeste a Ásia.


Vídeo: Earth | Time Lapse View from Space, Fly Over | NASA, ISS postado por Michael König no site Vimeo.

Imagens: The Gateway to Astronaut Photography of Earth.

Imagem: http://moraesfisica.blogspot.com/2010_07_01_archive.html

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